SÓ DEUS PODE CRIAR...
MAS VOCE PODE VALORIZAR O QUE ELE CRIOU!
A obra “Educação Infantil e registro
de práticas” foi publicada pela editora Cortez no ano de 2009, contendo 200
páginas, escritas pela autora Amanda Cristina Teagno Lopes, que é Pedagoga,
mestre em Educação e doutoranda na Faculdade de Educação da Universidade de
São Paulo. Atua como professora de Educação Infantil na Prefeitura de São
Paulo e assessora o Departamento de Normas Técnicas e Orientações Pedagógicas
da Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos.
A obra tem por objetivo discutir e
oferecer sugestões para educadores e pesquisadores, a fim de que possam
realizar planejar e desenvolver as próprias práticas, utilizando-se da produção
de conhecimentos confiáveis. É de grande auxilio, principalmente, àqueles que
desenvolvem trabalhos na área de educação.
O livro é constituído de quatro
capítulos, onde a autora enfoca as diversas práticas de registro no cotidiano
como uma forma de desenvolvimento da leitura e escrita, valorizando o professor
como produtor de saberes.
No primeiro capítulo, Lopes relata
sobre a história do registro e enfatiza alguns pontos importantes, levantando
questionamentos principalmente da produção de registro por parte das
mulheres, que por muito tempo foram impedidas ou tiveram acesso dificultado
ao saber.
Ainda neste capítulo, identifica a
criança como produtora de registros escreve sobre o significado de tal
prática e sua função, deixando claro que o registro de práticas por parte dos
professores deve ser usado como uma ferramenta que propicia a reflexão e que desperte
para a prática de pesquisa, ampliando tal conceito tendo como consequência um
investimento em seu processo de formação, adquirindo diferentes linguagens a
cerca do registro.
No segundo
capítulo é tratada a relação entre registro e memória, resgatando a história
da Educação Infantil em São Paulo. Também ressalta a importância do registro
de práticas na formação de professores e no processo de construção de
identidade, tendo como resultado a melhoria na qualidade do ensino, pois na
faixa etária em que remete a Educação Infantil, o educar e o cuidar não se
dissociam, portanto, o fazer pedagógico deve ser ampliado em suas funções
dando espaço a observação do grupo e também individual, tendo em vista que
cada criança tem suas particularidades, por isso, o registro se faz presente
para obter elementos que possam favorecer a prática e refletir sobre a
avaliação.
No terceiro capítulo a autora expõe
suas práticas, refletindo sobre a concretização de seus próprios registros,
como caderno de registro diário, portfólios de projetos e outros tipos de
registros, buscando traduzir o que dizem esses materiais em relação a sua
prática estimulando-nos a pensar sobre a contribuição desses materiais em relação
ao fazer pedagógico.
No capítulo IV, são feitas as
considerações finais, destacando então a importância do registro como sendo
fundamental ao processo educacional, estando ele presente em todas as ações
pedagógicas, desde o momento do planejamento até a avaliação, abrangendo
assim todos os momentos da prática, sendo este ligado a criação, produção de
memória, construção de autoria.
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